FORMADORES CAPUCHINHOS
APROFUNDAM TEMÁTICA FORMATIVA
HIDROLÂNDIA, Brasil - De 15 a 28 de janeiro, na casa de Retiros Frei Leopoldo Mandic, Hidrolândia-GO, acontece a 2ª etapa da Schola Fratrum (Curso de Formação para Formadores), promovido pela Conferência dos Capuchinhos do Brasil (CCB). O tema central desta segunda etapa é “a iniciação à nossa forma de vida” que terá como assessores os freis: Rubens Nunes Mota, Marco Antônio Torres, Sérgio Marcelo Dal Moro e Mariosvaldo Florentino. Participam deste encontro 47 freis, das 12 circunscrições (províncias ou vice-províncias do Brasil) e representantes da custódia do Paraguai (ligada a província do PR/SC).
Frei Airton Carlos Grigoletto, provincial da província Imaculada Conceição de São Paulo e presidente da CCB, destaca a importância deste acontecimento: “os tempos mudaram, surgiram novas gerações que exigem novos passos, sendo um desafio para os formadores. Os candidatos a nossa forma de vida devem saber com clareza quais são seus direitos e deveres, o que devem renunciar, pois muitos formandos só querem receber e fazer o mínimo de renúncias.
A formação exige muito do formador nos dias atuais, por isso a necessidade de criarmos fraternidades formativas, onde a formação é interesse de todos os frades e não apenas do formador”. O que queremos para as futuras gerações? O que queremos oferecer para aqueles que estão chegando as nossas casas formativas? Não é fácil assumir a formação, pois ela é cotidiana e artesanal, é algo que varia de pessoa para pessoa, ela não pode estar atrelada ao saudosismo. Faz-se necessário assumir as novidades na formação como uma construção cotidiana, conhecendo as “novas gerações”, apresentando assim a novidade – “vinho novo em barris novos” (Mc 2,22) .
Extraido: www.db.ofmcap.org
PROPOSIÇÕES DO CURSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES
Nós participantes do Curso de Formação de Formadores (Schola Fratrum), promovido pela Conferência dos Capuchinhos do Brasil (CCB), de 17 a 29 de janeiro de 2011, em Hidrolândia (GO), tendo como objetivo geral: “construir um saber teórico prático sobre o processo formativo cuja ação inicie e insira os formandos nos valores da identidade franciscano-capuchinha”, apresentamos as seguintes proposições resultantes das interpelações advindas da partilhas, estudos e vivências fraternas:
1. Repassar de forma propositiva os conteúdos da primeira etapa da Schola Fratrum com todos os formadores e fraternidades formativas.
2. Retomar, nos capítulos locais das fraternidades formativas, a Carta do Ministro Geral Frei Mauro Jöhri, “Reacendamos a chama do nosso carisma” referente à formação.
3. Criar condições favoráveis à vivência dos valores fundamentais da nossa forma de vida, inseridos na realidade pluricultural, tornando a formação inicial uma verdadeira iniciação: fraternidade, minoridade, contemplação, renovação do carisma e proximidade com o pobre, proporcionando aos formandos experiências de limites ou minoríticas tais como visitas aos hospitais, soropositivos, encarcerados, migrantes, mendigos, meninos de rua etc., bem como, experiências de deserto (eremitério).
4. Utilizar uma pedagogia humana, cristã, franciscana e integral no processo de iniciação para a nossa vida.
5. Rever os itinerários de formação inicial em analogia com iniciação cristã em cada circunscrição.
6. Resgatar no processo formativo os símbolos, orações, cantos, práticas e festas dos Santos da Família Franciscana, que identificam nosso carisma, em conformidade ao tempo litúrgico.
7. Iniciar as etapas formativas em datas marcantes mediante ritos, gestos e símbolos, especialmente os franciscanos.
8. Trabalhar na etapa do pós-noviciado, uma formação mais prática, vivenciada no dia-a-dia, iluminada pelas Constituições Capuchinhas e Fontes Franciscanas, procurando não reduzir o pós-noviciado aos estudos acadêmicos.
9. Proporcionar aos formandos uma participação efetiva na OFS e JUFRA, em vista de uma integração e prática da mística franciscana.
10. Repensar a passagem da Formação Inicial para a Formação Permanente, tendo presente a formação especializada em conformidade com o nosso carisma.
11. Proporcionar aos iniciadores (formadores) uma formação mistagógica na perspectiva de uma verdadeira reiniciação à mística Franciscano-Capuchinha.
12. Dar particular atenção na constituição das fraternidades formativas, dada sua importância na formação inicial (carta do Ministro Geral, Reacendamos a Chama do Carisma n.25).
13. Ver a possibilidade, junto a CCB, da elaboração de um subsídio orientativo com os conteúdos e bibliografia básica para ser usado em cada etapa formativa, em vista de uma ação mais unificadora.
Hidrolândia (GO), 29/01/2011.