Frei Samuel Lobo, Frei Albervan Pinheiro, Frei Rutivalter Brito e Frei Gilton Santos participam do 2ª Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários em Brasilia/DF.
“Kairós da missão nos documentos do magistério com enfoque pastoral: do Vaticano II até a Conferência de Aparecida”. Foi este o tema do primeiro dia de trabalhos da 2ª Semana de Formação Missionária para Párocos e Vigários, que teve início nesta segunda-feira, 3, e segue até o dia 7. Em suas colocações, o diretor executivo do Centro Cultural Missionário (CCM), padre Estevão Raschietti, destacou as mudanças que houve no estudo e vivência da dimensão missionária na Igreja. “O Concílio Vaticano II deu um novo olhar e entendimento para a dimensão missionária. A partir daí a missão não mais foi entendida como uma tarefa da Igreja, mas principalmente uma ação divina onde a Igreja participa”, disse padre Raschietti.
Segundo padre Estevão, esse novo entendimento alargou os horizontes do que se entendia sobre missão até então. Ele frisou que esse desligamento passou a ser olhado com outro sentido. “Foi possível entender que não se trata de uma Igreja que tem a missão, mas de uma missão que tem a Igreja. É Deus que atua através do envio do seu filho e do envio do seu espírito. A Igreja participa através da conversão”, explicou.
Com base no Documento de Aparecida (DAp) o diretor do CCM deixou claro aos 40 padres, participantes da Semana de formação Missionária que a Igreja, para de fato viver a dimensão missionária, precisa abandonar as velhas estruturas. “Como diz o Documento de Aparecida (DAp) a conversão é uma saída de si, não um acanhamento em si mesmo. A Igreja tem que sair das suas estruturas, de suas práticas corriqueiras para construir novas relações. Tem que sair das fronteiras paroquiais e diocesanas. A missão é sempre um bem. Ir além de todas as fronteiras”, destacou.
Questionado sobre como fazer missão no espaço da paróquia, o padre Estevão foi enfático ao afirmar que depende da cabeça de quem conduz a paróquia. “Para fazer missão na paróquia é preciso entendê-la como um meio e não um fim para evangelizar. A missão pode ser feita em qualquer lugar, só depende da cabeça do padre. A paróquia é apenas um meio para se chegar às pessoas. Precisamos entender que a Igreja não deve mais ficar esperando os fiéis, mas deve sair e ir ao encontro da comunidade. Esse é o fundamento da missão”.
O pároco da paróquia São Cosme e Damião de Aracaju (SE), frei Gilton Santos, entendeu bem o recado do padre Estevão Raschietti. “Aprendemos hoje que é preciso sair dos moldes antigos, da mera pastoral de movimentos e grupos e ter a consciência que nós somos uma Igreja em estado permanente de missão. Como vimos hoje, a Igreja é por sua essência missionária e devemos encarar isso de frente”, sublinhou o pároco que foi mais longe e apontou caminhos para que a missão seja desenvolvida na prática.
“Precisamos rever as nossas pastorais e centralizar os trabalhos dentro da missionariedade que é o ponto firme e forte da Igreja para viver aquilo que pede Jesus Cristo: ser discípulo-missionário”, apontou frei Gilton.
Fonte: http://www.pom.org.br
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